Veterinários alertam sobre sintomas de gripe canina com a chegada do inverno

Vacina com reforço anual é a medida mais eficaz para prevenção da doença...

A vacinação contra gripe é válida também para os pets. Com a chegada do inverno, os ‘bichanos’ de quatro patas também podem ficar gripados. “A vacina é a medida mais eficaz, com reforço anual. Porém, outras ações podem ser tomadas para prevenir a doença, como promover boa higiene de ambientes, incluindo comedouros e brinquedos, promover o isolamento de cães com sintomas respiratórios e evitar a aglomeração de cães doentes”, ressalta o coordenador de Medicina Veterinária da PUCPR, câmpus Toledo, Caio Henrique de Oliveira Carniatto.  

Além da prevenção é preciso ficar atento aos sintomas. “Os sinais clínicos mais comuns incluem tosse seca e persistente, tipo “engasgo”, espirro, secreção nasal e ocular, febre leve e perda de apetite. Casos mais graves podem apresentar dificuldade respiratória, secreção nasal purulenta e pneumonia secundária”, diz.  

Os sintomas são semelhantes aos da gripe humana, mas a doença não é transmitida para humanos. “A gripe canina comum (tosse dos canis) não é zoonose, ou seja, não é transmitida para humanos. A gripe humana também não costuma infectar cães. Ambas são doenças respiratórias transmitidas por aerossois , secreções e objetos contaminados. Os sinais clínicos iniciais também são similares (febre, tosse, coriza). A diferença está nos agentes causadores: em cães, são vírus e bactérias como Bordetella bronchiseptica e parainfluenza canina; em humanos, influenza A e B”, explica.  

Em caso de gripe é necessário consultar o médico veterinário para iniciar o tratamento antes que a doença se torne grave. “ O tratamento inclui o uso de medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e antitussígenos. Também pode-se realizar, se necessário, tratamento de suporte com hidratação e repouso. Casos graves podem exigir internação em clínica veterinária, nebulização e oxigenoterapia. Quando não tratada, a gripe canina pode evoluir para pneumonia, desidratação, imunossupressão e óbito em casos mais severos”, finaliza.  

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