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Maringá é a cidade que mais se destaca na segunda edição do Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU), elaborado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) e pela PwC Brasil. A cidade obteve nota 0,74, sendo que a média estadual é 0,69. Outras cidades paranaenses com resultados de destaque foram São José dos Pinhais (0,72) e Londrina (0,71). A capital, Curitiba, também ficou acima da média, com 0,70.

“O Paraná é um dos estados que investem em educação ambiental há pelo menos três décadas e continuamente realiza esforços de conscientização popular, o que ajuda a explicar seus bons resultados no ISLU”, diz Federico Servideo, sócio da PwC Brasil. Mais uma vez, a Região Metropolitana de Curitiba obteve bons resultados: como Piraquara (0,71), Fazenda Rio Grande (0,71), Campo Largo (0,70) e Araucária (0,70).

A região Sul como um todo se destaca pelo segundo ano consecutivo, porém, não é possível comparar os resultados, pois o universo de cidades analisadas mudou de um ano para outro: em 2016 foram 167 e em 2017, 287 cidades do Paraná. No total, o estudo analisou 3.049 municípios, ante 1.729 no ano passado. Os estados sulistas, liderados por Santa Catarina e Paraná, obtiveram a melhor pontuação no estudo, com 70% dos munícipios entre os 50 mais bem colocados no levantamento, seguida pelo Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Resultados

O estudo mostra que os munícipios com arrecadação específica para a gestão de lixo oferecem uma destinação mais correta dos resíduos: cerca de 70% das cidades com arrecadação específica dispõem corretamente os resíduos – encaminhando-os para aterros sanitários. Nas localidades sem arrecadação específica, o índice é de 28%. O estudo também revela que, nos munícipios com arrecadação específica, o índice de reciclagem de lixo é o dobro (6%) daqueles onde não há a cobrança específica para a gestão de resíduos sólidos.

As cidades que contam com um planejamento de limpeza urbana também apresentam um desempenho melhor. Segundo o ISLU, 75% dos munícipios com esse tipo de plano e arrecadação específica dispõem o lixo em aterros sanitários, ante 24% daqueles sem arrecadação e planejamento de sustentabilidade. “Os dados apresentados revelam a importância de mecanismos específicos para gerar recursos para o descarte correto dos resíduos”, diz Marcio Matheus, presidente do Selur. “O ISLU também traz uma série de análises e parâmetros para que gestores públicos e privados de limpeza urbana possam tornar o ambiente das cidades mais adequado e sustentável”.

O estudo tem como objetivo suprir a falta de informações sobre a coleta de resíduos nas cidades brasileiras e mapear o cumprimento das recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Os dados utilizados foram coletados na base de 2015 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O ISLU criou um índice para avaliar a limpeza urbana nos municípios e o grau de cumprimento das normas estabelecidas pelo PNRS, com uma pontuação que varia de zero a um.

Para chegar aos resultados, quatro aspectos são levados em consideração: Engajamento do Município (população atendida e população total); Sustentabilidade Financeira (arrecadação específica menos despesa do serviço sobre a despesa total do município); Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado sobre total coletado); e, por fim, Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente sobre a população atendida).

Demais regiões

Os paulistas conquistaram boas pontuações, com cidades como Santos, Sorocaba, Campinas, Santo André e São Bernardo do Campo entre as 20 primeiras posições do ranking. A capital paulista, no entanto, figura na 50ª posição entre os municípios com mais de 250 mil habitantes. Brasília, por sua vez, está entre as cidades com pior desempenho. O Distrito Federal possui o segundo maior lixão da América Latina. O aterro começou a ser desativado recentemente – a previsão é que o processo seja concluído até 2018. A iniciativa poderá colaborar para a diminuição do passivo ambiental da capital.

Repetindo os resultados do ano passado, os munícipios da região norte ocupam as 20 piores posições do ISLU entre os municípios com mais de 250 mil habitantes. Capitais como Manaus, no Amazonas, Rio Branco, no Acre, Porto Velho, em Roraima e Teresina, no Piauí, obtiveram algumas das pontuações mais fracas. Um dos principais motivos é o desempenho em relação à coleta de resíduos. “O estudo revela tanto os avanços realizados pelas cidades no que diz respeito à limpeza urbana e sustentabilidade quanto lança luz sobre o caminho que ainda precisa ser percorrido”, diz Matheus.

Sobre o SELUR

O SELUR (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo) é o órgão responsável por centralizar os esforços das empresas paulistas de limpeza urbana. A instituição representa o conjunto de ações fundamentais para a sociedade, que incluem coleta e transporte de resíduos sólidos, manutenção da limpeza pública, além do tratamento e destinação final do descarte feito pela comunidade – desde residências até estabelecimentos comerciais e hospitalares. O SELUR tem ainda o objetivo de divulgar informações a fim de conscientizar os cidadãos comuns da relevância social, ambiental e econômica dos serviços prestados pelas suas associadas e seus milhares de colaboradores.

Sobre a PwC

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