Uma análise feita na água do Lago Igapó, importante ponto turístico de Londrina, na região Norte do Paraná, mostra que a contaminação é muito acima do tolerável. O estudo revelou, ainda, a presença de protozoários e bactérias devido à grande quantidade de matéria orgânica em suspensão.

O interesse em descobrir os níveis de poluição do Lago partiu de uma turma de 6 ° ano do Colégio Marista de Londrina durante a aula. Os estudantes ficaram curiosos a respeito da qualidade da água, já que no local existe a presença de peixes e aves. Além disso, se trata de um ponto turístico muito frequentado e com prática de esportes náuticos.

Para responder a essa questão, os estudantes analisaram amostras de água no laboratório do Colégio. Lá, foram feitas experiências e análises do material para descobrir o pH da água, a turbidez, a presença de bactérias e protozoários e, por fim, a floculação, uma das etapas de tratamento da água em que é possível observar flocos de sujeira.

O resultado referente à análise física, química e biológica do Lago Igapó III mostra que existe contaminação maior do que o tolerável. “Encontramos tantas bactérias que não foi possível realizar a contagem”, conta a professora de Biologia do Colégio Marista Londrina, Cintia Colombo.

Em alguns pontos, onde a água fica em repouso, existe inclusive contaminação por bactérias Escherichia coli, mais conhecida como E. coli, e têm sido correlacionadas com diarreia. “Concluímos que o lago é classificado como impróprio para recreação de contato primário”, conta a professora. Outro ponto observado foi o fato da qualidade da água ser mais comprometida nos períodos de chuva, mostrando assim a influência da sazonalidade sobre a quantidade da bactéria E. coli.

Devido à quantidade de matéria orgânica em suspensão, ainda foram encontrados alguns protozoários flagelados. Esses microrganismos são capazes de provocar doenças como a giardíase (causada pela Giárdia lamblia). Surpreendentemente, a água do lago foi comparável à da torneira em alguns aspectos, como o odor, a turbidez e a medição da acidez apresentou um índice neutro, próximo ao pH 7, o mesmo encontrado na água encanada.

Portanto, para se garantir uma maior qualidade deste lago tanto para atividades recreacionais da população de Londrina quanto para a preservação da comunidade aquática que ali vivem, fazem-se necessárias medidas como o monitoramento microbiológico, investimentos em infraestrutura, além da conscientização da população sobre a importância de se preservar este patrimônio natural da cidade de Londrina, tudo isso a fim de impedir danos ao sistema aquático e à saúde humana.

Sobre a Rede Marista de Colégios: A Rede Marista de Colégios (RMC) está presente no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.


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