Reunindo as principais empresas de inovação agrícola do País, a edição 2018 da Digital Agro começou nessa quarta-feira (13). Os visitantes participaram de palestras e oficinas, e puderam conhecer de perto startups, além de visitar os stands dos mais de 30 expositores da feira.
Palestras
Pela manhã, mais de 500 pessoas acompanharam o primeiro painel do evento sobre Megatendências. Em “Futuro Inteligente Além da Inovação”, Gil Giardelli apresentou casos reais de inovação tecnológica. O especialista em transformação digital se apresentou como um “tech-otimista”, um entusiasta das novidades. “Desemprego tecnológico só acontece quando perdemos nossa capacidade de empatia, criatividade e pensamento crítico”, comentou. Giardelli falou ainda sobre a adaptação e as consequências dessa transformação digital, focando em seu potencial de criação.
Carlos Ortiz foi o segundo a subir ao palco da Digital Agro, o consultor fez um panorama da digitalização no País e também abortou suas consequências – dos desafios relacionados à conectividade, à insegurança e o emaranhado de tecnologias. O palestrante falou também sobre a transformação do mercado e elencou posturas estratégicas a serem tomadas diante da necessidade de adaptação ao meio digital.
O gerente comercial da Engie, Fabricio Colle, apresentou o conceito de Smart Grid: uma rede inteligente de um novo modelo de geração de energia descentralizada, que torna o consumidor um gerador. O modelo, de acordo com o palestrante, acarreta em uma série de benefícios, entre eles a ampliação da eficiência operacional da concessionária. Em seguida, o sócio diretor da Agrosecurity, Fernando Pimentel, falou sobre as mudanças no ambiente de crédito para o Agronegócio. “No Brasil temos um modelo matricial, onde metade do crédito que custeia a safra dos produtores vem das grandes empresas e não do sistema financeiro”, destacou. Pimentel também apresentou as dificuldades de se manter o atual modelo, e a governança de crédito como necessidade para melhorar a captação de recursos.
Após o almoço, o consultor e pesquisador americano Jeffrey Bewley abriu o painel Pecuária 4.0 falando sobre o uso de tecnologias de precisão para melhorar o desempenho da produção. O palestrante reforçou a importância da participação do produtor no uso da tecnologia, potencializando suas vantagens estratégicas. No mesmo painel, o presidente da Brasil Ozônio, Samy Menasce falou aos participantes sobre o uso de ozônio na agropecuária. A palestra abarcou usos da tecnologia na pecuária e na agricultura, além da sanitização de alimentos e no tratamento de afluentes, efluentes e gases.
O pesquisador Iran José Oliveira da Silva encerrou a rodada de palestras do dia, destacando o papel dos animais no processo de coleta dos dados: “Nunca se falou tanto em comportamento animal, a forma como eles são vistos está mudando”, salientou.
Startups
No Circuito Startup, seis iniciativas tiveram a oportunidade de apresentar suas soluções durante a feira. A Agronow apresentou sua plataforma de análise e monitoramento de safra, que auxilia na redução de custos com a produção. Já a Tracepack apresentou sua solução para rastreamento de insumos: o Trace X foi pensado para o campo, onde a cobertura de rede celular nem sempre funciona. A terceira apresentação da manhã ficou por conta da SciCrop e sua ferramenta de integração de dados, o AgroAPI. Ao longo da tarde, tomaram a frente do palco do Circuito as soluções da Coopig, com seu sistema de gestão de indicadores de produtividade na suinocultura; a Systech Feeder apresentando seu sistema integrado de hardware e software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras; e por fim, a Mootalk – Farmin que apresentou seu software de monitoramento de saúde e comportamento do plantel por meio de um acessório colocado na orelha do animal.
Oficinas
O primeiro dia foi finalizado com duas oficinas realizadas simultaneamente: no mini-auditório, Wilson Arikita da MGC Terraceamento apresentou o passo a passo da sistematização de terraços feita com drones. Enquanto isso, no pavilhão de palestras, Marcelo Anton da Agraris, falou sobre a escolha e a operação de desse tipo de tecnologia.
A feira continua no dia 14 com os painéis de Agricultura 4.0 e Agronegócio do Futuro, palestras técnicas, apresentação de diversas startups, práticas e duas novas turmas de oficinas.
Digital Agro
13 e 14 de junho (quarta e quinta)
Pavilhão de Exposições Frísia, anexo ao Parque Histórico
Carambeí (PR), distante 140 km de Curitiba
www.digitalagro.com.br
Sobre a Frísia Cooperativa Agroindustrial
Fundada em 1925, a Frísia é a cooperativa mais antiga do Paraná e segunda do Brasil. Localizada na região dos Campos Gerais, tem sua produção voltada ao leite, carne e grãos, principalmente, trigo, soja e milho. A cooperativa é resultado da união do trabalho de todos os cooperados e colaboradores; da diversificação da produção, englobando a produção leiteira, de grãos e de proteína animal; e da alta qualidade do que é feito e comercializado, com animais de excelente genética, rastreamento e investimento em tecnologia, infraestrutura e mão de obra. Os valores da cooperativa são Fidelidade, Responsabilidade, Intercooperação, Sustentabilidade, Integridade e Atitude (FRISIA).