Comunicação Digital

A internet já nasceu social. Em 1969, chamada Arpanet e de propriedade do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, foi criada para garantir a comunicação entre militares e cientistas. De lá para cá, muito mudou – a começar pelo número de pessoas conectadas. Dados do Internet World Stats mostram que, de 1995 a 2019, passamos de 0,4% da população mundial com acesso à internet para 57,3%. Somos quase 4,5 bilhões de conectados.

O que nunca perdemos foi o aspecto social da rede. Entre salas de bate-papo, caixas de comentários e sites específicos de redes sociais, trouxemos para o ambiente digital interações similares às do mundo real. De acordo com a pesquisa Global State of Digital in 2019, atualizada em julho de 2019, 3,5 bilhões de pessoas fazem parte de alguma mídia social.

Na última década vimos a expansão massiva dessas redes, tanto em número de usuários como em funcionalidades. Surgiram aplicativos, novas redes foram criadas, outras deixaram de existir e observamos a consolidação do grupo Facebook como gigante global. Comparando as mídias sociais com um produto, podemos dizer que chegamos ao período de maturidade.

O que viria a seguir? O declínio?

Esse não parece um cenário muito distante quando vemos escândalos ao redor do Facebook, problemas com privacidade do usuário, alta difusão de fake news ou ainda campanhas para passarmos mais tempo longe de computadores e celulares. Mas, quando analisamos o papel das mídias sociais na nossa sociedade, parece improvável que elas deixem de existir tão cedo.

Facebook, Twitter, YouTube e Instagram aparecem entre os dez sites mais acessados no mundo. No ranking, perdem apenas para o Google. São dados captados pelo site SimilarWeb, e analisados pelo total do tráfego global.

Mas nada muda no futuro?

Assim como nem sempre o Facebook foi a referência em mídia social (Orkut manda lembranças), é provável que em algum momento deixe de ocupar esse espaço. De acordo com o Google, o YouTube já é o destino favorito dos brasileiros para assistir a vídeos online. Ainda que exista um cenário consolidado, tudo pode mudar se algo novo despertar o interesse das pessoas.

Hoje, no período de maturidade das mídias sociais, observamos mais mudanças dentro de cada uma das mídias do que entre si. Novas funcionalidades nos aproximam ainda mais de experiências no mundo off-line e também aproximam uma rede da outra.

A quantidade de conteúdo criada diariamente para as redes, ou compartilhada nelas, deixa claro: muito do que comunicamos hoje depende das mídias sociais para chegar às outras pessoas. E quem dita o que cabe em cada espaço somos nós. Seguiremos nos relacionando: com pessoas, com marcas e até mesmo com robôs.


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