Profissional de comunicação

Em 2018, pela primeira vez, mais da metade da população mundial passou a se conectar à internet, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Cerca de 3,9 bilhões de pessoas ao redor do mundo, o que corresponde a 51,2% da população, usam a internet hoje.

O avanço da tecnologia teve impacto direto no comportamento do consumidor, exigindo que as empresas se adequassem às novas exigências. Mas o que isso tem a ver com o profissional de comunicação? Tudo.

A internet possibilitou que as informações fossem transmitidas em tempo real, que as pessoas ou empresas buscassem históricos positivos ou negativos antes de adquirir um produto ou serviço. Por exemplo, segundo a plataforma de pesquisa NZN Intelligence, 82% das pessoas consultam a reputação de lojistas antes de adquirir um produto na loja física ou on-line. A empresa que não trabalha sua reputação e credibilidade se distancia cada vez mais do seu consumidor.

O profissional de comunicação trabalha para criar e manter uma boa reputação da marca, além de bom relacionamento com seus públicos-alvo. Com o avanço da tecnologia, hoje, esse profissional vai muito além de um formando em Jornalismo ou Relações Públicas. Na era 4.0, onde tudo e todos estão conectados, esse profissional precisa se reinventar diariamente.

Afinal, quais as habilidades consideradas na hora de contratar um profissional de comunicação? Com todo o contexto em mãos, vamos ao profissional ideal nos dias de hoje:

– Formação – Além da graduação em um dos cursos de Comunicação, se especializar na área é um grande diferencial. O profissional que “mergulha” em um setor específico, se posiciona como consultor em determinado assunto, mostra que tem bagagem para assumir a função que planejou durante o período acadêmico.

– Antenado – Não é porque você é um especialista em assessoria de imprensa, por exemplo, que não deve entender de mídias sociais. Muito ao contrário! Hoje, um planejamento estratégico de comunicação deve incluir, além de ações tradicionais de assessoria de imprensa, sugestões com influenciadores e, muitas vezes, mídias sociais. Além de se especializar, quem trabalha com Comunicação também precisa acompanhar todos os meios que podem ter impacto na reputação e construção de marca do cliente.

– Bem-relacionado – O mundo da Comunicação é bem pequeno. Criar boas relações profissionais faz toda a diferença na sua carreira, seja com colegas, clientes, jornalistas, influenciadores e fornecedores. Ser honesto, aprender a trabalhar em equipe e agir com clareza em qualquer momento são atitudes que fazem a diferença. Sei que parece bobo, mas vale a pena reforçar.

– Seja proativo e o famoso “mão-na-massa” – Não espere que os resultados caiam em seu colo. Busque conhecimento, converse com colegas, leia muito.  Leve ao seu cliente novas sugestões. Não espere ser cobrado para fazer diferente. O “pensar fora da caixa” muitas vezes está mais fácil do que parece. Ser um profissional low-profile é a certeza de que não sobreviverá no mercado.

Bem-vindo à era do profissional que oferece um papel altamente estratégico nas empresas, mas que precisa se reinventar e evoluir com o mundo, o tempo todo.  Há quem diga que as oportunidades da área estão escassas, mas trago boas-novas. Assim como a revolução industrial e digital, que obrigou e ainda obriga os profissionais a se reinventarem, a comunicação nos obriga a ter novos olhares e ideias. Há sim boas oportunidades, desde que você não se acomode.


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