Uma empresa tem inúmeros meios de se relacionar com seus clientes e fornecedores, e dentre eles a identidade é uma das principais formas de interação. A logo funciona como uma espécie de cartão de visitas que transpassa, através de elementos visuais (tipografia, cores, disposição de elementos, movimentação em meios digitais), os pilares de uma empresa.
Passada a primeira impressão, o trabalho adequado de uma identidade é manter um relacionamento afetivo com a marca, como por exemplo, a sensação que abrir uma Coca-Cola em um dia quente consegue passar pela imagem da logo da bebida ao longo do tempo e das interações em momentos fraternos, importantes e especiais. A marca, de forma um tanto quanto automática, cria uma relação cultural com seu cliente. Isto fica evidente em desdobramentos e franquias, como os produtos Ferrari ou séries de TV que viram acessórios e roupas com seu referencial. É uma cultura que se cria de forma cada vez mais rápida nestes dias de meme.
A potência de interação da internet também vem influenciando até na maneira gráfica de como a identidade se apresenta. Nos últimos anos, nota-se uma enxurrada de redesigns de logos que caminham para o flat (representação com poucas cores, privilegiando silhuetas e sem efeitos de luz ou sombra). Esta escolha gráfica se comporta melhor em vários meios de exposição, de um avatar em redes sociais até um outdoor em uma grande metrópole. Sem contar a possibilidade de desdobramentos, como no modelo da nova identidade da Rússia, pensado não apenas como assinatura da peça publicitária, mas a identidade visual fazendo o papel da própria peça de comunicação.
A identidade, além de resumir uma empresa, precisa interagir, ser parte presente do projeto como um todo. Por isso, quando planos de comunicação são desenhados, tão importante quanto o conteúdo ou a estratégia, é mandatório pensar na representação visual. Ela fortalece uma ideia, cria vínculos com o público e dá significado a uma porção de mensagens e sentimentos.



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