Comunicação, Assessoria de Imprensa

Nesses quase 20 anos de atuação na área já vi e ouvi ideias e crenças sobre comunicação de marcas baseadas em quase tudo. De modismos e “tendências” a firmações de vaidades pessoais, não há limites para justificar a criatividade em planos de comunicação.

Felizmente quem trabalha com comunicação tem hoje à disposição um volume de ferramentas sem precedentes para planejar, agir, checar a eficiência e ajustar um plano. É uma verdadeira tentação para criar ações, combinar ferramentas e alcançar o público que se deseja. O budget é o limite. Inovação, transformação, ruptura estão na moda, não é mesmo? Mas quem atua na área deve se perguntar sempre o que o público vai pensar a respeito, o que se pretende comunicar e que valor ou prejuízo essa ideia pode gerar. São questões simples, mas que não devem ser desprezadas e para as quais as respostas devem ser diretas.

Ferramentas novas, quando mal-empregadas, além do custo financeiro, podem trazer prejuízos à imagem organizacional. O perigo mora principalmente naquelas iniciativas descoladas do histórico que as marcas construíram a custo de trabalho sério ao longo da história. A não ser marcas novas, as que já estão no mercado têm uma trajetória a ser considerada. Qualquer ideia –  por mais inovadora que seja – quando despreza um caminho já traçado é mal aplicada, polui, gera ruído na comunicação e enfraquece o vínculo com o público. É como se a Coca-Cola, a partir de amanhã, viesse com rótulo azul só porque alguém acha mais bonito.

Devemos sempre fazer comunicação sobre bases já solidificadas, ou atuar para criá-las ou fortalecê-las. É esse o nosso trabalho. O que se quer comunicar, para quem se quer falar, por quais meios e em qual contexto são fatores relevantes. As marcas transmitem informações, quem quiser escuta e a partir disso surgem relacionamentos, que precisam ser cultivados, num ciclo a ser sustentado ao longo do tempo. Parece básico. E é tão básico e lógico quanto fundamental! As ferramentas estão aí à disposição. Os profissionais da área devem saber utilizá-las sem cair na tentação do novo pelo novo. Afinal, coerência e consistência serão sempre tendência. Ainda bem!


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